Escuta Educativa - Programa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

MANIPULAÇÃO DA CRISE





A MANIPULAÇÃO DA CRISE

Wladmir Coelho

O componente político na queda do preço do petróleo apresenta-se de forma evidente. Os Estados Unidos, grande consumidor, aumentou a sua produção interna contribuindo diretamente para a queda nos preços.

Esta política, de aumento da produção, assume um caráter permanente quando observamos a recente aprovação, no parlamento dos Estados Unidos, da liberação de áreas públicas para a produção do petróleo de xisto.  Neste ponto observamos uma das formas de utilização do poder econômico do petróleo aspecto que permite ao governo estadunidense a implantação de um ajuste de contas, principalmente, com os países “desobedientes”.

Neste ponto observamos a importância do controle do bem econômico petróleo associado a política de  auto suficiência. O governo dos Estados Unidos mantém um rígido controle de suas reservas internas proibindo a exportação petrolífera e desde o início do século XX oferece generosos subsídios as empresas do setor.

Não é por coincidência que o Estado de Dakota do Norte, produtor de óleo de xisto, apresenta o maior índice de crescimento nos Estados Unidos mesmo diante da queda nos preços.  
Enquanto isso o resto do mundo:

1- O petróleo da Líbia foi colocado no mercado internacional mesmo inexistindo o reconhecimento dos grupos que,  usando da violência, alternam-se no poder. Denuncias apontam para os Estados Unidos como principal financiador da manobra. Curioso é saber que estes recursos dirigem-se aos cofres dos terroristas que dizem os estadunidenses combater.

2 - A China pode até beneficiar-se, neste momento, da queda nos preços do petróleo. Entretanto aprofundando-se a crise ou mesmo diante do aquecimento da chamada Segunda Guerra fria a sua vulnerabilidade fica evidente. O maior consumidor de petróleo do mundo não produz o suficiente para manter funcionando a sua economia.

3 – A Europa em pânico diante dos anúncios de falências de empresas petrolíferas obrigando os diferentes governos a investir diretamente no setor para, pelo menos, diminuir o número de desempregados. 

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