CANADÁ,
QUEM DIRIA, ACABOU
FORNECEDOR DOS EUA
Wladmir
Coelho
Os
interesses da segurança energética dos Estados Unidos não ficam restritos as
suas fronteiras. Inúmeros acordos comerciais apresentam de forma oculta o controle
da produção energética. Na prática aplicam-se práticas coloniais de exploração.
Vejamos o caso do Canadá.
O quadro econômico do
Canadá revela o lado cruel da submissão aos ditames do mercado. Apontado como símbolo
de sucesso do NAFTA o país encontra-se preso à política energética dos Estados
Unidos.
Rico em areia
betuminosa o Canadá direcionou sua economia ao setor petrolífero visando, graças
ao NAFTA, a exportação de petróleo – resultante da areia betuminosa – para seu
vizinho e amigo.
Este investimento
atende o projeto dos Estados Unidos de garantia de auto suficiência ou independência
do petróleo do Oriente Médio. Ocorre que os métodos para extração do petróleo
de areia betuminosa apresenta custos elevados oscilando entre US$ 60,00 e US$
100,00 por barril. Atualmente estes valores inviabilizam a continuidade dos
empreendimentos considerando o valor do barril de petróleo em US$ 57,00.
O petróleo resultante
da exploração da areia betuminosa é exportado – quase 100% - para os Estados
Unidos e representa, para o Canadá, 14 % do total de suas exportações.
Acrescente aos problemas
financeiros os desastres ambientais causados em função da destruição de
florestas, rios e poluição dos lençóis freáticos para o beneficiamento da areia
betuminosa canadense.
A província de Alberta,
no Canadá, é responsável pela maior parte da produção do petróleo de areia betuminosa
e sofre com esta dependência de base colonial: O governo provincial anunciou
recentemente cortes de 15% no orçamento fato somado a expectativa de falência
de empresas petrolíferas e suspensão de projetos de exploração.
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