PETROBRÁS FORA DO EQUADOR
Petrobrás e CNPC recusam proposta do governo
Repsol YPF, ENAP, Agip e chinesas Andes Petroleum
e Petroriental aceitam novo modelo
A PETROBRÁS e mais quatro empresas petrolíferas, incluindo a chinesa CNPC, recusaram as propostas do governo equatoriano de migração para o modelo cotratual de PRESTAÇÃO DE SERVIÇO devolvendo ao governo os campos concedidos. Estas petrolíferas não aceitaram entregar o petróleo ao governo recebendo em troca um valor fixo por barril extraído embolsando, aproximadamente, 15% de rendimento. O novo modelo de contrato, entretanto, parece ter agradado outras 8 empresas petrolíferas que aceitaram permanecer no país. Segundo o ministro dos Recursos Naturais não Renováveis - Wilson Pástor- o contrato de prestação de serviço garante ao Estado o controle de 80% da renda do setor.
Wladmir Coelho
O professor Samuel Nascimento amplia o debate :
Interessante é que o discurso liberalesco costuma inverter as razões dos agentes econômicos. O que afastou a Petrobrás do Equador foi exatamente o fato do governo equatoriano colocar as coisas nos seus devidos lugares. A meu ver, o Equador está certo ao oferecer às empresas petrolíferas apenas o pagamento pelos barris e, ao contrário, permitir ao Estado que use do petróleo extraído de acordo com os objetivos do país. Afinal não é o estado que tem fins meramente monetários. Portanto, figura como contrasenso querer que o governo se contente em receber apenas o lucro da exploração, como defendem muitos aqui no Brasil. Dizem: "O que interessa ao Brasil é o dinheiro resultante do pré-sal. O resto tem mesmo que ser deixado para as empresas que se arriscaram na exploração". Não parece uma inversão das razões?
O professor Samuel Nascimento amplia o debate :
Interessante é que o discurso liberalesco costuma inverter as razões dos agentes econômicos. O que afastou a Petrobrás do Equador foi exatamente o fato do governo equatoriano colocar as coisas nos seus devidos lugares. A meu ver, o Equador está certo ao oferecer às empresas petrolíferas apenas o pagamento pelos barris e, ao contrário, permitir ao Estado que use do petróleo extraído de acordo com os objetivos do país. Afinal não é o estado que tem fins meramente monetários. Portanto, figura como contrasenso querer que o governo se contente em receber apenas o lucro da exploração, como defendem muitos aqui no Brasil. Dizem: "O que interessa ao Brasil é o dinheiro resultante do pré-sal. O resto tem mesmo que ser deixado para as empresas que se arriscaram na exploração". Não parece uma inversão das razões?
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