PETROLÍFERAS
EM CRISE
Wladmir
Coelho
O Reino Unido vai
subsidiar a exploração em águas profundas no Mar do Norte. Na terra de Adam
Smith seguem-se exatamente os aspectos determinados em sua obra, notadamente, o
subsídio as extração de minerais energéticos.
Os recursos destinados
as empresas – tendo a British Petroleum (BP) como a maior delas – originam-se
em uma espécie de CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e
sustentam os governantes britânicos que esta medida resultará na manutenção dos
empregos.
Todavia devemos
observar que:
a)
As principais empresas petrolíferas
registram queda em seus lucros aspecto que repercute diretamente no sistema
financeiro considerando-se a presença dos grandes bancos no controle acionário
das empresas de petróleo. Sem lucro as ações não passam de papel colorido;
b)
A garantia dos lucros das principais
empresas de petróleo dependem do menor gasto possível durante a produção. Este
principio não é novidade e tragédias como a ocorrida no Golfo do México, envolvendo
exatamente a BP, revelam como estas empresas garantem os ganhos de seus
acionistas;
c)
Muitos
podem afirmar que trata-se a medida, do subsídio, uma prática “neo-Keynesiana” .
Na realidade a prática é essencialmente neo-liberal tendo em vista o seu
enfoque na manutenção da empresa desconhecendo a necessidade de controle da
produção, aumento do salário e geração de novos empregos;
Recordo ainda que os recursos do pré-sal brasileiro,
segundo a legislação, devem ser aplicados em um fundo de ações incluindo investimentos
em empresas petrolíferas. Na realidade os recursos do petróleo brasileiro
correm para garantir os lucros dos oligopólios.
No caso do Brasil não deve demorar muito para os “nacionalistas”
de ocasião apresentarem propostas semelhantes a britânica deturpando, como de
costume, o papel histórico da petrolífera brasileira. Neste ponto é importante
recordar: A Petrobras foi criada para garantir a auto suficiência nacional
garantindo deste modo as bases para uma economia planificada.
Trata-se a Petrobras da antítese dos oligopólios
petrolíferos devendo a empresa retomar os objetivos que fundamentaram a sua criação
em 1954 e para este fim a luta por sua estatização constitui a tarefa dos verdadeiros
nacionalistas.
Naturalmente a forma de controle de uma Petrobras
estatizada deve pautar-se na democratização de sua gestão através da ampliação
dos conselhos eleitos para defender os interesses do povo brasileiro.
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