QUEM
NÃO TE CONHECE
QUE TE COMPRE
Wladmir
Coelho
Miriam
Leitão e o processo de construção da imagem de inocentes e ingênuos dos
políticos militares filiados ao bolsonarismo.
A citada jornalista revela
sua condição chacriniana assumindo o bordão “eu vim para confundir e não para
explicar” e promove uma grande confusão ao associar os generais bolsonarianos,
incluindo o vice, como representantes das Forças Armadas no governo e afirma o
risco destes senhores transformarem-se em “bucha de canhão nas querras que
interessam apenas ao bolsonarismo”
.
Primeiro é preciso
esclarecer o seguinte: os militares ocupantes de cargos públicos no governo
federal optaram por uma carreira
política e defenderam conscientemente uma plataforma eleitoral fundamentada nos
seguintes aspectos: discurso moralista de base fundamentalista religioso, defesa
do neoliberalismo, apoio incondicional ao imperialismo estadunidense, retirada
dos direitos dos trabalhadores, fim das politicas sociais incluindo a destruição
das universidades públicas, pesquisa e redução do acesso ao ensino básico.
Com uma plataforma destas
é evidente a contradição dos generais bolsonaristas com o discurso do
patriotismo, nacionalismo e mesmo com a função elementar das Forças Armadas de
defesa da SOBERANIA NACIONAL.
A jornalista Leitão tenta
confundir os brasileiros ao criar a imagem dos políticos militares presentes no
governo como inocentes senhores envolvidos em uma trama de bolsonaristas. Isso
não é verdade.
Na realidade os grandes
meios de comunicação reclamam da estabilidade necessária ao governo para
aprovarem o fim da aposentadoria, a entrega da Petrobras, os cortes na
educação, o fim das políticas sociais, a privatização do SUS dentre outras ações
nefastas cujo objetivo é oferecer mais dinheiro aos banqueiros internacionais.
O capitão Bolsonaro, ao
que tudo indica, não possui as condições mínimas de liderar o projeto de
destruição econômica do Brasil e não deve durar muito no cargo. O vice, o
político militar general Mourão, vai recebendo a maquiagem de governante
competente ocultando, a dita grande imprensa, a sua condição de aliado de
primeiro momento do capitão e defensor dos mesmos fundamentos moralistas,
entreguistas, autoritários.
Vamos recordar: para
realizar medidas contra os trabalhadores e a economia nacional as forças
entreguistas, com apoio decisivo do imperialismo estadunidense, implantaram uma
ditadura de 25 anos.
Neste momento
aprofundam-se estas medidas através das ditas reformas bolsonarianas estando
estas, para terror da imprensa golpista e entreguista, empacadas e submetidas a
pressão popular fato verificado nas manifestações durante o carnaval.
O golpe defendido por Miriam
Leitão apenas revela a condição de vitória de nosso povo contra um governo de
civis e militares entreguistas expondo o pavor das elites diante da derrota
próxima.
Este fato, a força popular
contra o bolsonarismo, aponta como caminho não a substituição, baseada na
hierarquia, de um capitão entreguista por um general de igual ideologia e sim a
construção de uma proposta popular e o necessário impedimento de um governo
comprovadamente incompetente.
Voltando a questão
militar; não é possível confundir os políticos fardados com o posicionamento
das Forças Armadas hoje a caminho de novo desgaste cujo caminho para evita-lo
constitui unicamente em apoiar um projeto contrário a entrega do patrimônio nacional
e defesa da economia brasileira além de evitar a tragédia social embutida na
chamada reforma da previdência.
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