ESTÁ
NA HORA DE REAGIR
O
MERCADO NÃO SALVA A PETROBRAS
Wladmir
Coelho
O GOLPE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS
O GOLPE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Os dirigentes dos
fundos de investimentos internacionais recebem uma atenção especial da chamada
grande imprensa brasileira quando o assunto é processo contra a Petrobras. Vibram
estes órgãos de comunicação com as noticias de alegados prejuízos em
decorrência da corrupção.
A Petrobras, afirmam
unanimes estes veículos de comunicação, será salva quando aplicar as normas de
mercado e listam nomes de salvadores ligados, via de regra, aos grandes bancos
e destes aos fundos.
Poucos atentam para um
detalhe: O tais prejuízos não ocorrem em função de uma empresa, mas da falência
de um modelo econômico.
A
PETROBRAS NÃO É ESTATAL
Para fundamentar esta
afirmativa os defensores da Petrobras Mercado repetem sempre a frase: A estatal
Petrobras..... completando os pontinhos com pauladas na empresa. Estatal a
Petrobras NUNCA FOI.
Para piorar a situação a
empresa – desde 1997 – perdeu a razão de sua criação: O monopólio do petróleo. Esta
quebra do monopólio – justificava o governo da épóca – seria a modernização do
Brasil e finalmente colocaria a petrolífera nacional em condições de disputar o
mercado com outras empresas.
Nesta orgia
modernizante todo o trabalho desenvolvido pela Petrobras no setor de pesquisa,
mapeamento de áreas com potencial produtivo foi entregue a Agência Nacional de
Petróleo que disponibilizou, em nome da liberdade de mercado, às empresas
internacionais. Chamavam esta entrega – de forma debochada – de modernização.
Agora ficou fácil: O
povo brasileiro pagou as pesquisas, formação de técnicos, o desenvolvimento de
técnicas e na hora de beneficiar-se deste processo uma ideologia do século
XVIII determina que os fundos de investimentos internacionais devem colher a
sua parte através do financiamento dos trustes do petróleo.
Os governos seguintes
resolveram manter esta fórmula – embora adotassem um discurso nacionalista de
proteção à empresa – e criaram novas oportunidades e uma delas foi transformar
a Petrobras em financiadora do pré-sal ocupando, todavia, apenas 30% dos
blocos.
VOLTANDO
AOS PROCESSOS INTERNACIONAIS
A totalidade dos fundos
alegam prejuízos em seus investimentos no setor de petróleo. Nenhum grande
jornal brasileiro levou este assunto às primeiras páginas e – tenho a impressão
– escondem o tema de seus leitores.
Para ilustrar vou citar
o exemplo do fundo Kohlberg Kravis Roberts conhecido por KKR & Co. Este
grupo anunciou um prejuízo de 88% e sabem qual foi a alegação? Exatamente; Prejuízos
com o setor de petróleo. Somente na petrolífera Samson Resources a KKR aplicou,
deste 2011, US$ 2 bi. Investimento, naturalmente, realizado considerando as rígidas
normas do mercado.
SÓ
O MERCADO SALVA ?
Segundo os grandes da
imprensa brasileira sim. Contudo observa-se uma crise internacional e desta concluímos
que a busca pelo lucro desconsidera os riscos e faz inflar – de forma
irresponsável – determinados setores.
A solução do capital é
simples: Após a orgia de ganhos milionários os fundos transferem os seus
recursos, normalmente aumentam as compras de papeis públicos, e sem importar com o desemprego e cortes sociais exigem
os pagamentos.
Para manter os lucros determinam
cortes e sacrifícios da população e denominam este saque de MEDIDAS DE
AUSTERIDADE. Ocultam a irresponsabilidade de seus atos e passam a vender a
mentira da liberdade de mercado como salvadora.
Está na hora de retirar
a PETROBRAS do controle destes vampiros e transferir o seu controle ao povo
brasileiro.
Enquanto isso: Os jornais brasileiros preferem noticiar que um fundo de Ohio pretende liderar as açoes contra a Petrobras.
Enquanto isso: Os jornais brasileiros preferem noticiar que um fundo de Ohio pretende liderar as açoes contra a Petrobras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário