O
CONFLITO SIRIO
A
motivação oculta
Wladmir
Coelho
A intervenção das
potências europeias e Estados Unidos nos conflitos observados na Síria recebe
da grande imprensa um verniz de combate ao ditador e construção de uma
democracia como forma de sua legitimação.
Fica oculta a motivação
comercial envolvendo o acesso dos países europeus ao petróleo e gás explorados
na Ásia Central, notadamente aquele produzido no Azerbaijão.
Durante a II Guerra
Mundial o antigo Exército Vermelho impediu o avanço do nazismo alemão às
regiões da Ásia Central produtoras de gás e petróleo. Os soviéticos desde o
inicio resistiram ao avanço de Hitler para os campos petrolíferos conhecidos e
aos pontos pouco explorados da região.
Criaram, os soviéticos,
limitações de acesso resultando estas em gastos comerciais aos nazistas cujo
rompimento tentaram a partir do uso da força.
O Azerbaijão, integrado
a União Soviética a partir dos anos de 1920, era parte destas áreas produtoras
e ainda hoje representa uma importante fornecedora de gás e petróleo para
Israel e Europa.
Terminada a II Guerra
Mundial encontravam-se os antigos soviéticos em vantagem controlando vasta área
produtora de gás. O produto foi oferecido aos europeus que aceitaram com
prazer.
Esta dependência
europeia, naturalmente, fragiliza a política energética do antigo continente
exigindo novas opções e estas necessitam de ações mais enérgicas. Hitler tentou
e não conseguiu controlar as áreas produtoras de petróleo da Ásia.
A
IMPORTÃNCIA DA ÁSIA CENTRAL
A região do Mar Cáspio
tornou-se um importante produtor de gás e petróleo. O controle de sua
exportação apresenta-se vital aos interesses russos, chineses, estadunidenses e
europeu. Quem controlar esta exportação vai exercer grande poder sobre a
política energética global.
Existe um projeto
polêmico – o gasoduto Nabuco – que partiria da fronteira da Turquia com a Georgia levando gás do
Turcomenistão à Europa, contornando a Rússia, retirando o continente da
dependência do gás deste país.
Nabuco receberia ao
longo de seu trajeto “ramais” incluindo o gasoduto Leviatã – Mediterrâneo Oriental
- cujo produto seria entregue na Turquia
seguindo deste país aos europeus.
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