Escuta Educativa - Programa da Rádio Educare.47 do Instituto de Educação de Minas Gerais

segunda-feira, 16 de março de 2020

A CULPA DA CRISE NÃO É DO CORONAVÍRUS

Alguns dos homens mais ricos do mundo



* A CULPA DA CRISE NÃO É DO CORONAVÍRUS

* CAPITALISMO AOS TRABALHADORES; VIREM-SE!

* VELHOS RICOS SOBREVIVEM A PANDEMIA E VIBRAM COM A MORTE DOS VELHOS POBRES

* A ESTRANHA METAMORFOSE DO DISCURSO ECONÔMICO DA MÍDIA

Por Wladmir Coelho

1 –Debitar ao coronavírus a causa da crise econômica mundial é no mínimo uma inverdade e apenas funciona como espécie de droga alucinógena criando ilusões de um tempo melhor após o fim da pandemia daqui a alguns meses.

2 – Ao vírus podemos no máximo imputar a condição de gatilho de uma crise anunciada bastando para este fim verificar os índices da produção industrial em queda no planeta e consequente redução nos lucros preferindo os donos do capital investimentos nos cassinos também conhecidos como mercado de ações e suas jogadas fraudulentas de alta e queda, ao gosto dos grandes investidores, fenômenos em nada associados a infecção viral.

3 – A precarização do trabalho, o desemprego, a extinção dos direitos sociais apresentam-se como meios de reprodução da riqueza daqueles famoso 1% da população e continuam estes a sobreviver da única forma que conseguem, ou seja, através da exploração máxima da mão de obra e no caso das bolsas manipulando recursos dos tolos da classe média somado ao controle das economias dos trabalhadores decorrente da privatização da previdência agora transformada em pó em diferentes pontos do planeta.

4 – Com relação aos aposentados e idosos de um modo geral o jornalista do londrino News Telegraph, Jeremy Warner, resumiu com a frieza característica de um lacaio dos ricos a condição econômica “benéfica” a longo prazo das mortes provocadas pelo coronavírus considerando “o abate de idosos dependentes” saudando, na prática, a aceleração do processo de assassinato realizado através do empobrecimento dos trabalhadores destituídos mundo afora, vejam o exemplo brasileiro, dos direitos mínimos para uma velhice digna.

5 – Os controladores do capital internacional possuem em média 80 anos e apesar de pertencerem ao grupo de risco apresentam chances de cura acima daquelas possíveis aos idosos da classe trabalhadora afinal possuem os meios de acesso a todo e qualquer tipo de tratamento e ainda ficam mais ricos considerando o controle de patentes, planos de saúde privados, cemitérios e crematórios. Ficou mais nítido agora o real significado do discurso das oportunidades oferecidas em uma crise?

6 – O aumento dos preços em produtos a exemplo do álcool gel, máscaras apenas representam o efeito visível dos interesses do capital em superar a eventual queda de lucros em determinado setor e revelam ainda o quanto o discurso da não intervenção estatal na economia criou ou possibilitou os meios para impedir o acesso do trabalhador aos recursos para a sua proteção.

7 – Os veículos de comunicação patrocinados e dominados através de grupos chefiados por banqueiros e controladores dos famosos fundos de investimentos ultimamente apresentam uma estranha alteração e agora revelam preocupações diante da radicalização da ideologia do Estado mínimo, contudo precisamos analisar com cautela esta nova visão econômica – no caso brasileiro -  presente na Folha de São Paulo, O Globo, Estado de São Paulo e repetidores.

8 – A presença do Estado na economia para os países periféricos distingue-se daqueles centrais considerando a necessidade da condição empresarial estatal como forma de rompimento com o modelo de dependência econômica somada superação urgente das perdas internacionais verificada, inclusive, através da destinação de valores superiores – no caso brasileiro – a 43%  do orçamento nacional ao pagamento de juros da divida com o único objetivo de irrigar os cofres dos fundos e bancos de Nova Iorque.

9 – Cortar os direitos dos trabalhadores para sustentar velhos milionários em sua longevidade feliz e saudável através da privatização do sistema de saúde ou simplesmente desmantelar a pesquisa nas universidades públicas brasileiras para garantir a dependência dos remédios e tecnologias importadas representam a cruel face do modelo econômico injusto e assassino.

10- A intervenção do Estado na economia deve ocorrer visando a superação do modelo econômico de base colonial exigindo os meios necessários para a garantia da soberania do país e desta forma dos trabalhadores.   


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