A
NECESSÁRIA INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA
Wladmir
Coelho
Predominam nos chamados
grandes veículos de comunicação do Brasil o apoio às políticas de destruição
dos instrumentos necessários ao rompimento com o modelo econômico de base
colonial.
Nas linhas que seguem vamos
verificar o quanto os ataques violentos à Petrobras somados a ânsia de entrega do
sistema de eletricidade aos oligopólios internacionais revelam um projeto de
destruição da economia brasileira e sua submissão aos interesses do
imperialismo estadunidense.
Vejamos, inicialmente, o
caso da concentração mundial do mercado automobilístico e sua ligação com o
desenvolvimento de novas tecnologias energéticas, inteligência artificial e o
papel do Estado no processo de pesquisa e desenvolvimento.
A indústria automobilística
em Minas Gerais; a Fiat-Chrysler (FCA) anunciou o investimento de R$ 16 bilhões
no Brasil até 2024 empregando a metade deste valor na unidade de Betim gerando,
segundo informações governamentais, 16 mil empregos diretos e indiretos.
Em Minas Gerais o anúncio
do futuro investimento foi acompanhado de ações fiscais apressando-se o Sr.
Zema em assinar um decreto isentando do Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) os veículos fabricados no estado e movidos a gás natural
veicular somado ao tratamento diferenciado oferecido a FCA na cobrança do ICMS prometendo
a empresa gerar 9200 empregos diretos e indiretos.
Nos Estados Unidos
verificou-se situação semelhante na cidade de Detroit anunciando a FCA um
investimento de US$ 4,5 bilhões com promessa de gerar 6400 empregos recebendo,
como subsídio oficial, US$ 223 milhões ficando metade deste valor condicionado
a manutenção dos empregos, sem redução de salário, por pelo menos 10 anos.
No Brasil as condições
para efetivação dos incentivos não ficaram claras excetuando o citado decreto
de renúncia fiscal do governo mineiro acompanhado, segundo a Agência Minas, de
um termo de cooperação técnica envolvendo a Companhia de Gás de Minas Gerais
(Gasmig) e a FCA para incentivar o uso de combustíveis sustentáveis.
O governo de Minas
incluiu no pacote de apoio aos investimentos a proposta de amparo a projetos de
formação na área de engenharia automotiva através de programas de visitas
técnicas e diferentes cursos denominando a iniciativa de parceria em educação,
pesquisa e desenvolvimento.
Até aqui nenhuma
novidade, afinal desde meados dos anos 50 as indústrias automobilísticas
estrangeiras condicionam a instalação no Brasil aos mesmos benefícios oferecidos,
em 2019, à FCA.
Todo este movimento da
FCA apresenta em sua base a disputa pelo controle da tecnologia necessária à implantação
definitiva dos veículos movidos a eletricidade, GNV, células de combustíveis sem
esquecer os chamados veículos autônomos e a garantia de controle de mercados
para o consumo de seus produtos.
Nesta disputa a China apresenta-se
em vantagem empregando o governo daquele país, nos últimos 10 anos,
aproximadamente US$ 60 bilhões somente no setor de carros elétricos.
O planejamento econômico
e consequente investimento do governo chinês visando a autonomia tecnológica no
setor de combustíveis possibilitou a transformação da cidade de Shenzhen em um
polo mundial de tecnologia.
Shenzhen conta com 12
milhões de habitantes e possui toda sua frota de ônibus movidos à eletricidade e
iniciou o processo de conversão do combustível do serviço de táxi de GNV para
baterias elétricas sempre utilizando tecnologia resultante ou aprimoradas em
função das pesquisas nacionais.
No setor de carros elétricos
a China possui uma vantagem adicional; aproximadamente 40% do custo de
fabricação de um carro elétrico encontra-se na bateria e a China controla mais
de 60% do mercado de componentes incluindo o lítio.
Planejamento econômico,
intervenção do Estado na economia, ao contrário do discurso oficial brasileiro,
não constitui atividade exclusiva dos países comunistas. No início de 2019 o
ministro da economia da Alemanha Peter Altmaier, um democrata cristão,
apresentou um plano econômico denominado “Estratégia Industrial 2030”.
Dentre as estratégias apresentadas
no citado plano verifica-se o aumento do conteúdo nacional no setor industrial
local e europeu, transformação da sobrevivência das grandes empresas alemãs - Siemens,
Thysssen-Krupp, fabricantes alemães de automóveis e Deutsche Bank – em interesse
político e econômico nacional.
Quanto a aquisição de empresas
locais por grupos estrangeiros – em casos relevantes – o plano determina que o
Estado deve participar como acionista criando um mecanismo de participação oficial
direta, ou seja, os alemães pretendem estatizar. Esta estatização, segundo o
plano, deve ocorrer necessariamente nos setores de células de baterias,
inteligência artificial e veículos autônomos.
A Constituição do Brasil
oferece aos governantes as bases legais para a criação do planejamento
econômico com essas mesmas bases para o desenvolvimento fundamentadas em um
plano econômico voltado para o desenvolvimento nacional, contudo caminhamos no
sentido contrário ao observado nas economias desenvolvidas.
A destruição do sistema
de pesquisa brasileiro através do corte orçamentário recentemente determinados
nas universidades públicas repetindo-se a prática na educação básica –
responsável inclusive pelo ensino técnico - aprofunda a distância tecnológica entre
o Brasil e os centros desenvolvidos.
Quando observamos a histeria
contra a Petrobras (importante centro de fomentação para o desenvolvimento
tecnológico no setor energético) somada a campanha alucinada pela privatização, no caso de Minas Gerais, da CEMIG
e GASMIG temos a clareza do projeto de destruição dos meios para a intervenção
na economia nacional.
Em recente discurso na
Federação das Indústrias o Sr. Zema classificou a CEMIG como “entrave” ao
desenvolvimento de Minas Gerais apontando com clareza a prática econômica de
seu governo, amparada na renúncia fiscal pura e simples, ignorando a
preservação dos meios para criação de uma política econômica em condições de
promoção do desenvolvimento da tecnologia nacional.
O governo de Minas,
seguindo os passos do senhor Bolsonaro, promove profundos cortes na pesquisa inviabilizando
o funcionamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(FAPEMIG) implantando o projeto do atraso.
A política de submissão econômica
ao imperialismo constitui hoje a prática dos senhores Bolsonaro, General
Mourão, Romeo Zema. A continuar a com este modelo em breve retornaremos as
condições anteriores ao período Vargas cuja política de intervenção estatal na
economia criou os instrumentos, incluindo a Petrobras, necessários para o
rompimento com o modelo econômico de base colonial.
Um comentário:
Agora em putugalolandia muitas pessoas vivem no pasado com cabesa no cu....em um mundo dos Fantasias e nao em nossa realidade de Sopas dos pobres, z-e-r-o trabalhos, economia lixa etc., etc. Que vai faser?
E muitas pessoas tem vivendo no pasado tambem e por isso borar tudos comentarios que fala dos verdades!
*Muitas pessoas vivem no mundo dos Fantasias agora em portugalo landia...muitas!!*
putugal agora atolado na merda! Que vai fasser pa no "fix"?
Nome: José Silva Problemas? Nao Problemas amigos! Visitem meu pagina web no youtube e reportar os problemas a youtube ja que google, youtube e Blogger seu na mesma empresaria.
Meu Pagina: https://www.youtube.com/channel/UCNGnTuUENeXH4jNguxe_Eeg
Beijos e boa sorte amigos :) E lembrate Sempre...que vai fasser tu? E Olivenza bella cidade Espanhola por Graca de Deus!! E lembrtae do Wiryamu Mozambique covardes??
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