A
MANIPULAÇÃO DA CRISE
Wladmir
Coelho
O componente político
na queda do preço do petróleo apresenta-se de forma evidente. Os Estados
Unidos, grande consumidor, aumentou a sua produção interna contribuindo
diretamente para a queda nos preços.
Esta política, de
aumento da produção, assume um caráter permanente quando observamos a recente
aprovação, no parlamento dos Estados Unidos, da liberação de áreas públicas
para a produção do petróleo de xisto. Neste
ponto observamos uma das formas de utilização do poder econômico do petróleo
aspecto que permite ao governo estadunidense a implantação de um ajuste de
contas, principalmente, com os países “desobedientes”.
Neste ponto observamos
a importância do controle do bem econômico petróleo associado a política de auto suficiência. O governo dos Estados Unidos
mantém um rígido controle de suas reservas internas proibindo a exportação
petrolífera e desde o início do século XX oferece generosos subsídios as
empresas do setor.
Não é por coincidência
que o Estado de Dakota do Norte, produtor de óleo de xisto, apresenta o maior índice
de crescimento nos Estados Unidos mesmo diante da queda nos preços.
Enquanto isso o resto
do mundo:
1- O petróleo da Líbia
foi colocado no mercado internacional mesmo inexistindo o reconhecimento dos
grupos que, usando da violência,
alternam-se no poder. Denuncias apontam para os Estados Unidos como principal
financiador da manobra. Curioso é saber que estes recursos dirigem-se aos
cofres dos terroristas que dizem os estadunidenses combater.
2 - A China pode até
beneficiar-se, neste momento, da queda nos preços do petróleo. Entretanto
aprofundando-se a crise ou mesmo diante do aquecimento da chamada Segunda Guerra
fria a sua vulnerabilidade fica evidente. O maior consumidor de petróleo do
mundo não produz o suficiente para manter funcionando a sua economia.
3 – A Europa em pânico
diante dos anúncios de falências de empresas petrolíferas obrigando os
diferentes governos a investir diretamente no setor para, pelo menos, diminuir
o número de desempregados.
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